o meu computador pifou! E o facto de ter de comprar um quando tenho um escasso pé-de-meia despontou em mim este desabafo:
Faço parte da classe dos recibos verdes. Sim, leram bem, em Portugal há as classes altas, médias, baixas e a dos recibos verdes, que nem é boi nem vaca. Andamos ali, no limbo, arriscamos por amor à vocação, àquilo que estudamos e aprendemos a fazer. Somos um conjunto de pessoas licenciadas em cursos de comunicação (e não só) que, por norma, aufere um rendimento na casa dos 800 euros. Somos um conjunto de pessoas visto como indiferente e pouco produtivo para a sociedade. Somos renegados à partida: um curso de comunicação? Para quê? O que é que isso altera no crescimento do PIB e por arrasto da economia?
Cambada de anormais é o que é. Porque se a própria regulação laboral é assim as empresas não têm obrigação de acolher melhor quem para elas trabalha.
Wednesday, March 31, 2010
Wednesday, March 24, 2010
Late-night with Notícias
Bom, é precisamente meia-noite e vinte e seis minutos. Não estou a ver o 5 para a meia-noite da 2, não! Encontro-me a ler as notícias do dia, ou melhor será dizer do dia anterior. Notícias que já sabem a requentado, sabem? Porém é algo que gosto de fazer em último caso, quando durante o dia não houve uma brecha maiorzita para passar os dedos por um diário e consumir os factos do dia. Tive apenas uns minutos em que desviei os olhos do monitor para a televisão e eis senão quando, nesse momento, falava Paulo Baldaia, directo da TSF. O que retive do seu depoimento foi que "devido à deterioração das condições de trabalho e ao facto dos jornalistas serem mais mal pagos" o jornalismo é feito com mais dificuldades do que há vinte e tal anos.
Permita-me questioná-lo, Paulo Baldaia, escrevendo: Quais foram então os anos dourados do jornalismo? Os anos oitenta?
Se calhar até foram, afinal estamos a falar de anos que no fundo representavam a década pós 25 de Abril. Meu Deus, de repente tenho um assomo de preocupação: será que estamos a regredir em tudo? Será? Não quero pensar assim, quero prender-me às questões em que acredito e que me fazem viver em liberdade comigo, com os outros e com o futuro de todos nós.
Permita-me questioná-lo, Paulo Baldaia, escrevendo: Quais foram então os anos dourados do jornalismo? Os anos oitenta?
Se calhar até foram, afinal estamos a falar de anos que no fundo representavam a década pós 25 de Abril. Meu Deus, de repente tenho um assomo de preocupação: será que estamos a regredir em tudo? Será? Não quero pensar assim, quero prender-me às questões em que acredito e que me fazem viver em liberdade comigo, com os outros e com o futuro de todos nós.
Saturday, March 20, 2010
Thursday, March 18, 2010
A sociedade está doente
"É tudo uma data de ladrões e uma data de chupistas..."
Se virem os fóruns diários da TSF, Antena 1 e SIC Notícias chega-se à conclusão que o povo está descontente. Isto chegou a um ponto em que a insatisfação com as medidas políticas, económicas e sociais é tanta que o substantivo pelo o qual mais se houve chamar a classe política é: cambada.
A sociedade está doente, urgem medidas radicais para a salvar. Porém não creio numa oposição fraca - dá-me uma espécie de azedume na boca ao ouvir falar Paulo Rangel.
Um homem que deixou o cargo de deputado europeu (escolhido pelos portugueses) para se candidatar à liderança do PSD, porque o país precisa dele? For god sake!
Tudo indica que vença na luta interina no PSD mas para próximo primeiro-ministro duvido. Ainda por cima a pedir maiorias absolutas sem falar uma linguagem que entendamos? É que se repararem os termos que ele usa para falar são apenas teóricos, o que faz com que mal o ouço falar assome-se-me à memória um discípulo do senhor a espalhar o seu sermão. E não é o do padre António Vieira aos peixes, esse sim era eloquente.
Se virem os fóruns diários da TSF, Antena 1 e SIC Notícias chega-se à conclusão que o povo está descontente. Isto chegou a um ponto em que a insatisfação com as medidas políticas, económicas e sociais é tanta que o substantivo pelo o qual mais se houve chamar a classe política é: cambada.
A sociedade está doente, urgem medidas radicais para a salvar. Porém não creio numa oposição fraca - dá-me uma espécie de azedume na boca ao ouvir falar Paulo Rangel.
Um homem que deixou o cargo de deputado europeu (escolhido pelos portugueses) para se candidatar à liderança do PSD, porque o país precisa dele? For god sake!
Tudo indica que vença na luta interina no PSD mas para próximo primeiro-ministro duvido. Ainda por cima a pedir maiorias absolutas sem falar uma linguagem que entendamos? É que se repararem os termos que ele usa para falar são apenas teóricos, o que faz com que mal o ouço falar assome-se-me à memória um discípulo do senhor a espalhar o seu sermão. E não é o do padre António Vieira aos peixes, esse sim era eloquente.
Tuesday, March 16, 2010
Fantásticas fotos. Genial edição!
Admirem este bocadinho da natureza portuguesa.
Portfólio 2009 - Luis Quinta from Kinta Image on Vimeo.
Thursday, March 11, 2010
A entrevista de Cavaco Silva
a Júdite de Sousa foi sem sal. Não adiantou nada que não soubessemos. Sempre muito contido no discurso. Acho que nós portugueses mereciamos mais explicações, sobretudo na polémica do seu assessor, altura da entrevista em que notou-se algum incomodo (alteração do tom voz). Concordo com a pergunta do jornalista João Adelino Gomes, no programa Discurso Directo da RTP, aos comentadores Emídio Rangel, Joana Amaral Dias e o outro que sinceramente não me recordo do nome. A pergunta foi mais ou menos isto : afinal se não pode falar sobre face oculta, compra da TVI, a escolha do novo líder do PSD,recandidatura e a polémica do seu assessor, porque dá uma entrevista?
Pelo menos a Cândida Pinto sempre se focou num ângulo diferente: a vida do presidente.
Pelo menos a Cândida Pinto sempre se focou num ângulo diferente: a vida do presidente.
Wednesday, March 10, 2010
Tuesday, March 9, 2010
Vende-se portátil toshiba
Se és daqueles que está alerta e pensas que poderá ser uma oportunidade de comprares uma máquina boa (linguagem nerdista) este não é o local indicado.
Quero tão só e apenas descrever o estado decadente, moribundo mesmo, da vida de um portátil com sete anos.
Julgo que a vida de um computador se assemelha à vida de um cão que entra na velhice a partir dos sete anos. Segundo padrões humanos corresponde exactamente a 49 primaveras.
Trata-se do meu "laptop", este calhau que bloqueia o seu próprio sistema operativo do nada, inclusive quando mais me faz falta, que muda de resolução como quem muda de cuecas, que de portátil já não tem nada. Primeiro porque pesa mais de cinco quilos, número que calculo de cabeça porque na verdade nunca o comprovei, porém quando tenho de deslocar-me com ele é como se tivesse um peso de ginásio no lado em que o carrego. Quase me provoca uma deslocação de ombro, imaginem!
Outro aspecto que me faz considerá-lo um PC vulgar é a falta de autonomia. Não consigo estar nem cinco minutos sem que comece a fazer o som de bateria fraca: pi...pi...piii! É que agora nem o carregador, o segundo que compro, funciona exemplarmente.
Ao longo do tempo fui fazendo várias actualizações ao dito cujo - Pentium 4, CPU 2.00 GHz - a saber: 768 mb de RAM e ainda um disco com 80 gb. Mas agora nada valem perante as inovações tecnológicas que são notícia no dia-à-dia.
Para já, a curto curtíssimo prazo, vou mantê-lo a não ser que haja alguma alma igual à do Muhammad Yunus (Prémio Nobel da Paz em 2006)disponível para me conceder um microcrédito e imediatamente ponha fim à relação áspera que temos.
Sabem que mudar de vida, no meu caso, significa começar a ter contas para pagar da casa, do carro, da alimentação, por isso tenho de me desdobrar em matéria de contenção de despesa.
Talvez quando encontrar algum ACER em promoção quebre este pensamento economicista.
Quero tão só e apenas descrever o estado decadente, moribundo mesmo, da vida de um portátil com sete anos.
Julgo que a vida de um computador se assemelha à vida de um cão que entra na velhice a partir dos sete anos. Segundo padrões humanos corresponde exactamente a 49 primaveras.
Trata-se do meu "laptop", este calhau que bloqueia o seu próprio sistema operativo do nada, inclusive quando mais me faz falta, que muda de resolução como quem muda de cuecas, que de portátil já não tem nada. Primeiro porque pesa mais de cinco quilos, número que calculo de cabeça porque na verdade nunca o comprovei, porém quando tenho de deslocar-me com ele é como se tivesse um peso de ginásio no lado em que o carrego. Quase me provoca uma deslocação de ombro, imaginem!
Outro aspecto que me faz considerá-lo um PC vulgar é a falta de autonomia. Não consigo estar nem cinco minutos sem que comece a fazer o som de bateria fraca: pi...pi...piii! É que agora nem o carregador, o segundo que compro, funciona exemplarmente.
Ao longo do tempo fui fazendo várias actualizações ao dito cujo - Pentium 4, CPU 2.00 GHz - a saber: 768 mb de RAM e ainda um disco com 80 gb. Mas agora nada valem perante as inovações tecnológicas que são notícia no dia-à-dia.
Para já, a curto curtíssimo prazo, vou mantê-lo a não ser que haja alguma alma igual à do Muhammad Yunus (Prémio Nobel da Paz em 2006)disponível para me conceder um microcrédito e imediatamente ponha fim à relação áspera que temos.
Sabem que mudar de vida, no meu caso, significa começar a ter contas para pagar da casa, do carro, da alimentação, por isso tenho de me desdobrar em matéria de contenção de despesa.
Talvez quando encontrar algum ACER em promoção quebre este pensamento economicista.
Saturday, March 6, 2010
Música
Que estupidez este novo formato dos vídeos. Agora vamos ao you tube buscar coisas e é isto que acontece sempre nos blogs!?
Ó senhores dos vídeos, peço-vos encarecidamente, coloquem um tutorial para os mais leigos. Anda uma pessoa a tentar embelezar o blog e aparece-me cá cada complô pela frente.
Ó senhores dos vídeos, peço-vos encarecidamente, coloquem um tutorial para os mais leigos. Anda uma pessoa a tentar embelezar o blog e aparece-me cá cada complô pela frente.
Clássica sugestão de leitura em dose dupla
Manuel Alegre saltou-me imediatamente à vista dos expositores da livraria com este livro. Pareceu-me, pela sinopse, uma história intensa sobre as relações humanas em si mesmas e a ligação do Homem aos animais de estimação. É curtinho, leio-o num serão deste que por aí vêm.
O primeiro, Miguel Esteves Cardoso com o seu amor fodido. Há muito tempo que ando para adquirir um exemplar deste livro, já criticado pelo El PAÍS assim: "Miguel Esteves Cardoso experimenta con una notable variedad de registros (el monólogo central del personaje masculino se mezcla con numerosos diálogos, con poemas y aforismos), simulando un lenguaje ágil y rápido plagado de coloquialismos, apto para todos los públicos". E também assim: "algunas de las mismas cualidades del libro son sus principales defectos: se trata, al mismo tiempo, de un libro desmesurado en su concepción del lenguaje, ingenuo a veces en su afán por descalabrar la sintaxis, con un argumento en el que los aspectos más tormentosos de la relación amorosa rozan, demasiadas veces, los límites del absurdo".
Tenho curiosidade de saber qual destas duas opiniões está mais acertada. Espero que tenha aguçado o vosso apetite pela leitura este fim-de-semana, mais um... chuvoso.
Thursday, March 4, 2010
Porque te interessas tanto por enfermagem?
De repente surgiu esta pergunta. Tentou adivinhar a resposta continuando a perguntar. Será porque está na moda ver a Anatomia de Grey (gosto pessoal comum às duas), ou as séries de doutores? Ao que respondo: não se trata disso, mais, nunca pensei seguir carreira nessa área, se é o que estás a imaginar, não mesmo!
O que posso fazer se tenho olho clínico e todas as profissões me podem fascinar num determinado momento, pois começo a imaginar a história que se pode contar através do cunho pessoal de cada indivíduo. Classe alta, média ou baixa é indiferente, a ideia é encontrar alguém que se destaca no que faz.
Gosto de ouvir as histórias de vida e reproduzi-las tal e qual, tanto quanto me é possível. Mas nem por isso acho tudo muito interessante, dou é o benefício da dúvida.
Por vezes penso se é um gosto que nutro de pequena, porém rapidamente chego à conclusão de que em criança não tinha os meus pais a lerem-me históriazinhas engraçadas antes de dormir. Lembro-me do primeiro livro que me ofereceram, contava a história das épocas festivas do ano, nomeadamente, o Carnaval. Tinha mais ilustração do que texto, afinal tratava-se de um livro de contacto com as histórias escritas.
Mais tarde surgiu "Uma aventura debaixo-da-terra" e "Uma aventura no supermercado". Estes livros eram de ler e chorar por mais, não tenho dúvidas de que qualquer pessoa que se preze da geração início dos oitentas concordará comigo.
Voltemos à enfermagem. Acho ainda mais interessante enquanto história de vida, qual é a sensação de ajudar a salvar a vida de alguém diariamente, por exemplo, se é que existam palavras concretas para definir esse estado de alma, ou analogias. Daí o meu grande interesse pelo tema, percebeste agora?
O que posso fazer se tenho olho clínico e todas as profissões me podem fascinar num determinado momento, pois começo a imaginar a história que se pode contar através do cunho pessoal de cada indivíduo. Classe alta, média ou baixa é indiferente, a ideia é encontrar alguém que se destaca no que faz.
Gosto de ouvir as histórias de vida e reproduzi-las tal e qual, tanto quanto me é possível. Mas nem por isso acho tudo muito interessante, dou é o benefício da dúvida.
Por vezes penso se é um gosto que nutro de pequena, porém rapidamente chego à conclusão de que em criança não tinha os meus pais a lerem-me históriazinhas engraçadas antes de dormir. Lembro-me do primeiro livro que me ofereceram, contava a história das épocas festivas do ano, nomeadamente, o Carnaval. Tinha mais ilustração do que texto, afinal tratava-se de um livro de contacto com as histórias escritas.
Mais tarde surgiu "Uma aventura debaixo-da-terra" e "Uma aventura no supermercado". Estes livros eram de ler e chorar por mais, não tenho dúvidas de que qualquer pessoa que se preze da geração início dos oitentas concordará comigo.
Voltemos à enfermagem. Acho ainda mais interessante enquanto história de vida, qual é a sensação de ajudar a salvar a vida de alguém diariamente, por exemplo, se é que existam palavras concretas para definir esse estado de alma, ou analogias. Daí o meu grande interesse pelo tema, percebeste agora?
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