Gosto muito dos animais caninos, a sério que gosto.
Billy era como se chamava o nome do meu primeiro e único cão. Atenção não quero fazer qualquer elogio de tenacidade a Manuel Alegre pelo livro "Cão como nós", mas reconheço que falar sobre eles é como descrever um amor de Verão. Ou seja, aquele amor que não é demasiadamente forte para nos deixar depressivos quando desaparece, mas que é suficiente para causar um pequeno abalo ao coração. Fiz o meu luto durante alguns dias.
Lembro-me como se fosse hoje daquela manhã em que encontrámos o Billy no chão, sem a alegria que se percebia que tinha quando via os donos, sem dar pulos e corridas majestosas. O Billy tinha sido atacado por outros animais da sua espécie. Indefeso, como estava não conseguiu resistir. Os animais são territorias quando menos se espera estão a lutar pelo seu território, aliás, como o ser humano, nas suas relações amiúdes vezes surgem em confrontos directos. A tirania de alguns países e as nossas relações emocionais são também sinónimo disso. Somos egoístas e queremos marcar o que conquistamos, se possível com um estandarte.
Voltemos ao Billy - nome inspirado num grupo musical dos anos noventa. Na altura o meu irmão mais velho quis que o nosso primeiro cão tivesse o mesmo nome que o seu ídolo de adolescente: vocalista dos Green Day. Hoje ao falarmos sobre isso dá-nos cólicas de rir.
Desde então nunca mais pensei em ter um, e por isso o meu modo de andar na rua também mudou.
Em suma, tenho reparado que por onde quer que passe, seja em corrida ou num simples passeio, há dejectos no chão a perturbarem o caminho e isso irrita-me tanto mas tanto que não vos passa pela cabeça: todas as manhãs quando vou para o trabalho tenho de ver onde ponho os pés para não acertar na merda dos outros Arghn!
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