Os emigrantes de visita a Portugal, no seu "querido mês de Agosto", entopem as portagens para chegar a Fátima e cumprirem as promessas desesperadas do ano inteiro. Sem fugir ao habitual, o único engarrafamento visível é no sentido norte-sul da A1. Do sul para o norte não se detectam grandes movimentações junto à fronteira sagrada de Portugal - Fátima. O que prova, mais uma vez, que os emigrantes, a maioria franceses, são populares do norte muito católicos e devotos dos 3 pastorinhos, a quem recorrem nos momentos de tristeza e de esperança. Há que respeitar as crenças e a liberdade religiosa. Cada um tem a sua fé (ou a falta dela) e acredita no Deus que bem entender.
Por falar em religião, no mês passado, atravessava a avenida de roma com uma amiga quando um grupo de coreanos nos interpelaram, lançando uma questão: já ouviu falar de Deus-mãe? Não - eu e a Rita respondemos em coro. Ficámos atentas durante 10 minutos ao que tinha este grupo de missionários para contar. No portátil que traziam fizeram correr um vídeo que falava na existência de um Deus-mãe. Assim como existe Deus-pai, também existe (está provado na bíblia, diziam os jovens missionários)um Deus-mãe. É mais uma interpretação do livro mais famoso do mundo, como milhares de outras. As crenças devem servir para juntar as pessoas e não distanciá-las física e racionalmente. Tudo tem de continuar a existir e ser partilhado mas com possibilidade de refutação, como esta: os dogmas da religião são apenas ideias estanques, indiferentes à capacidade de inteligência.
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