Friday, October 29, 2010

Telemóveis & Livros

Quinta-feira fui à Fnac, durante a minha curta hora de almoço, para consultar as mais recente novidades do mercado: tecnológicas, literárias, cinematográficas e musicais. Como estou a precisar de um telemóvel novo qualquer montra com o iphone4 me salta à vista, porém o meu rendimento não mo permite comprar. Foi por isto que decidi optar por um simples touchscreen de 60 euros. Era giro - novo lançamento em parceria com a marca Miss Sixty é no que dá - e parecia-me funcional à primeira vista. Não só a mim. O funcionário de serviço disse-me que era muito intuitivo, enquanto registava a venda.
Após o fecho do negócio, decidi experimentá-lo de imediato. Fiz das tripas coração para enviar uma simples mensagem. Por entre dedos e unhas, sem sensibilidade ao meu toque o estúpido do telemóvel não respondeu. Entre ir à lista telefónica e fazer a ligação demorei cerca de 10 minutos.
Resultado às 22h30 estava a pedir o meu dinheiro de volta. Pedido aceite.

Já dentro de uma livraria perdi-me no meio das novidades dos livros. Portugueses e estrangeiros são vários os autores que aproveitam esta fase pré-natalícia para fomentar as vendas. Ao que pergunto, terão os portugueses dinheiro para investir na bagagem cultural? É deprimente olhar para um livro e pensar que não posso adquiri-lo porque 20 euros vão fazer toda a diferença no saldo mensal pois são esses 20 euros que pagarão a conta da luz. No meu caso é uma questão de números no caso de Lula da Silva é mais do que isso.
De acordo com uma entrevista dada a Alexandra Lucas Coelho do Público, o escritor Ferreira Gullar faz referência a uma declaração de Lula, em 1980, onde dizia que "só lia jornal...nem jornal porque vive me perseguindo". Impressionante o que as pessoas (o escritor) fazem para criar uma bruá mediático e, consequentemente, uma crise política.

O bom português das agências de comunicação

Não sei. Não sei mesmo porque alguns colegas da comunicação insistem em escrever certas e determinadas palavras erradamente. Gafes? nicles batatóides! Já frisaram ene vezes. É um erro recorrente. Num comunicado de imprensa da IBM pode ler-se: "progressão dos sintomas que não são visíveis a olho nú". Quando deveria ser nu - sem acento. Pronto, estão perdoados, eles não sabem o que dizem!

Clareza e assertividade na análise dos factos

"O povo não está com o MFA" é o título do artigo de opinião do director do Jornal de Negócios. Pedro Santos Guerreiro expõe factos ao mesmo tempo que faz uma leitura critica sobre o estado actual da nação: "um país sem Hamlet,sem rainha, sem rei nem roque".

Wednesday, October 27, 2010

Do we californiacation?

O conceito de beleza nas séries está cada vez mais alto. Apresento-vos o que na minha opinião é um grande e belo actor. Genial desde os tempos em que a TVI me prendia à noite na cela dos Ficheiros Secretos. De Fox Mulder a Hank Moody... Os 50 anos nem passaram por David Duchovny!!!

Tuesday, October 26, 2010

Boujour Suiça



Meus caros, estou de volta para relatar uma viagem que fiz recentemente à Suíça. Sempre tive dificuldade em perceber o porquê deste país europeu ser anti-europeísta, mas quando lá chegamos percebemos de rompante ao sentir uma atmosfera bem diferente e sui generis. Há até quem diga que é do próprio ar que se respira, com menos oxigénio por causa da altitude, característica genética dos Alpes. Mas, claro está, não é só isso pois quando chegamos à cidade o corpo não ressente sequer a pressão dos Alpes (que avistamos a olho nu, de qualquer ponto).
Genébra. Sim Genébra! É fria, tem aquele clima cerrado da Europa Central, e é isso mesmo: um ponto no meio de um velho continente - geoestratégico. Aqui temos a sensação de estar a aprender os costumes de vários países. França e Itália podem ser pertíssimo – 2 horas - Lion e Turim respectivamente.
Dos restaurantes onde estive saem pratos de peixe e marisco, massa e risotto, carne de caça, patê como prato principal e foundue de queijo - apesar de várias tentativas
falhadas de prova deste último.
Num país onde o ordenado mínimo é de 3.200 francos suíços, ou seja 2.400 euros aproximadamente, a expressão “vive-se bem” é muito comum entre suíços e emigrantes portugueses.
Ora "viver bem" em suiço significa que cada pessoa do escalão mínimo pode pagar um pequeno estúdio, as contas do mês e um carro normal. Ao contrário do “tuga” que já se sabe espera sempre pelo modelito topo de gama, mesmo que mais de metade do seu vencimento vá para os cofres dos bancos e que deixe de ter dinheiro para os bens de primeira necessidade, como comer, beber e educação. Lá está mais uma série de premissas que contribuem para a crise portuguesa considerada psicossomática.
Numa manhã de Outubro, a mais de 2 mil metros de altitude, já neva nas montanhas do cantão de Genebra. Um sítio a verde e branco. Nunca vi um verde assim tão vivo! Aqui os animais deixam de ser apenas um design de uma tablete de chocolate suíço. As formas pontiagudas do topo dos Alpes são altamente assustadoras e bonitas. Por incrível que possa parecer existem Homens, ou aventureiros destemidos, que escalam até ao cume. Também é verdade que a neve nunca, até então, me despertou a atenção. Bastou estar na envolvência de tamanha montanha para me sentir contagiada por esse espírito de adrenalina... que fraca que sou!
De volta à cidade. O lago Lemano é o segundo maior da Europa e banha Genébra. A rua do "Rhone" encerra o top das marcas mais luxuosas do mundo: Dior, Bulgari, Hermès, Rolex, Piaget, exemplos de uma longa lista. No interior de uma dessas "boutiques" está uma luso-descendente a experimentar jóias. Ela ocupa um lugar na direcção de um jornal diário de Genébra. Nem se lhe nota o sotaque comentam as colaboradoras da loja. Da pequena conversa fiquei a saber que vai ser uma espécie de embaixadora de uma marca de jóias para um jantar importante no meio. E não é que sabe bem ouvir estas histórias de portugueses de sucesso pelo mundo!
Se todos vivem bem , a cidade tem uma cara limpa, andar de bicicleta com menos 2 graus quando o relógio está apenas nas 9h é normal, tanto quanto o inverno rigoroso de 8 meses. Então nenhum português de gema deixa o país dos relógios, de departamentos das Nações Unidas, do chocolate, do dinheiro, da relação bem-medida do que se ganha com o que se gasta. Antes pelo contrário, mais pessoas querem voltar à Suiça que se faz nos Alpes.

Sunday, October 10, 2010

Quem fala assim não é gago nem é pago

"Diz a experiência que na primeira semana todo o auto-patrão freelancer tem a determinação de Belmiro de Azevedo, na segunda já tem as reivindicações de Carvalho da Silva e na terceira as convicções de um velho gordo e anarquista" Luís Pedro Nunes, in Revista ÚNICA - 02/10/2010
Este comentário tem o seu quê de verdade. Afinal o trabalho é suposto ser um acto social, já diziam as fundamentadas teorias da psicossociologia.

Saturday, October 9, 2010

Missing sun already

Missing writing in the sun, lying in the sand, in my purple towel, like I was a chameleon...

Thursday, October 7, 2010

Viva a República em 3 imagens

Manuel de Arriaga, Teófilo de Braga e Sidónio Pais são os três primeiros rostos da república. Uns mais duradouros do que outros é certo mas como uma entrevistada me conferiu, numa história sobre o seu avô, o que interessava para o proletariado sedento e revolucionário era uma mudança : "O que é isso da república? Quer dizer que vamos trabalhar menos e fechar ao domingo? Então viva a república!". Uma memória viva absolutamente deliciosa, que me embrenha cada vez mais no gosto de ouvir iluminações do passado, mais do que valiosas.