Friday, October 29, 2010

Telemóveis & Livros

Quinta-feira fui à Fnac, durante a minha curta hora de almoço, para consultar as mais recente novidades do mercado: tecnológicas, literárias, cinematográficas e musicais. Como estou a precisar de um telemóvel novo qualquer montra com o iphone4 me salta à vista, porém o meu rendimento não mo permite comprar. Foi por isto que decidi optar por um simples touchscreen de 60 euros. Era giro - novo lançamento em parceria com a marca Miss Sixty é no que dá - e parecia-me funcional à primeira vista. Não só a mim. O funcionário de serviço disse-me que era muito intuitivo, enquanto registava a venda.
Após o fecho do negócio, decidi experimentá-lo de imediato. Fiz das tripas coração para enviar uma simples mensagem. Por entre dedos e unhas, sem sensibilidade ao meu toque o estúpido do telemóvel não respondeu. Entre ir à lista telefónica e fazer a ligação demorei cerca de 10 minutos.
Resultado às 22h30 estava a pedir o meu dinheiro de volta. Pedido aceite.

Já dentro de uma livraria perdi-me no meio das novidades dos livros. Portugueses e estrangeiros são vários os autores que aproveitam esta fase pré-natalícia para fomentar as vendas. Ao que pergunto, terão os portugueses dinheiro para investir na bagagem cultural? É deprimente olhar para um livro e pensar que não posso adquiri-lo porque 20 euros vão fazer toda a diferença no saldo mensal pois são esses 20 euros que pagarão a conta da luz. No meu caso é uma questão de números no caso de Lula da Silva é mais do que isso.
De acordo com uma entrevista dada a Alexandra Lucas Coelho do Público, o escritor Ferreira Gullar faz referência a uma declaração de Lula, em 1980, onde dizia que "só lia jornal...nem jornal porque vive me perseguindo". Impressionante o que as pessoas (o escritor) fazem para criar uma bruá mediático e, consequentemente, uma crise política.

O bom português das agências de comunicação

Não sei. Não sei mesmo porque alguns colegas da comunicação insistem em escrever certas e determinadas palavras erradamente. Gafes? nicles batatóides! Já frisaram ene vezes. É um erro recorrente. Num comunicado de imprensa da IBM pode ler-se: "progressão dos sintomas que não são visíveis a olho nú". Quando deveria ser nu - sem acento. Pronto, estão perdoados, eles não sabem o que dizem!

Clareza e assertividade na análise dos factos

"O povo não está com o MFA" é o título do artigo de opinião do director do Jornal de Negócios. Pedro Santos Guerreiro expõe factos ao mesmo tempo que faz uma leitura critica sobre o estado actual da nação: "um país sem Hamlet,sem rainha, sem rei nem roque".

Wednesday, October 27, 2010

Do we californiacation?

O conceito de beleza nas séries está cada vez mais alto. Apresento-vos o que na minha opinião é um grande e belo actor. Genial desde os tempos em que a TVI me prendia à noite na cela dos Ficheiros Secretos. De Fox Mulder a Hank Moody... Os 50 anos nem passaram por David Duchovny!!!

Tuesday, October 26, 2010

Boujour Suiça



Meus caros, estou de volta para relatar uma viagem que fiz recentemente à Suíça. Sempre tive dificuldade em perceber o porquê deste país europeu ser anti-europeísta, mas quando lá chegamos percebemos de rompante ao sentir uma atmosfera bem diferente e sui generis. Há até quem diga que é do próprio ar que se respira, com menos oxigénio por causa da altitude, característica genética dos Alpes. Mas, claro está, não é só isso pois quando chegamos à cidade o corpo não ressente sequer a pressão dos Alpes (que avistamos a olho nu, de qualquer ponto).
Genébra. Sim Genébra! É fria, tem aquele clima cerrado da Europa Central, e é isso mesmo: um ponto no meio de um velho continente - geoestratégico. Aqui temos a sensação de estar a aprender os costumes de vários países. França e Itália podem ser pertíssimo – 2 horas - Lion e Turim respectivamente.
Dos restaurantes onde estive saem pratos de peixe e marisco, massa e risotto, carne de caça, patê como prato principal e foundue de queijo - apesar de várias tentativas
falhadas de prova deste último.
Num país onde o ordenado mínimo é de 3.200 francos suíços, ou seja 2.400 euros aproximadamente, a expressão “vive-se bem” é muito comum entre suíços e emigrantes portugueses.
Ora "viver bem" em suiço significa que cada pessoa do escalão mínimo pode pagar um pequeno estúdio, as contas do mês e um carro normal. Ao contrário do “tuga” que já se sabe espera sempre pelo modelito topo de gama, mesmo que mais de metade do seu vencimento vá para os cofres dos bancos e que deixe de ter dinheiro para os bens de primeira necessidade, como comer, beber e educação. Lá está mais uma série de premissas que contribuem para a crise portuguesa considerada psicossomática.
Numa manhã de Outubro, a mais de 2 mil metros de altitude, já neva nas montanhas do cantão de Genebra. Um sítio a verde e branco. Nunca vi um verde assim tão vivo! Aqui os animais deixam de ser apenas um design de uma tablete de chocolate suíço. As formas pontiagudas do topo dos Alpes são altamente assustadoras e bonitas. Por incrível que possa parecer existem Homens, ou aventureiros destemidos, que escalam até ao cume. Também é verdade que a neve nunca, até então, me despertou a atenção. Bastou estar na envolvência de tamanha montanha para me sentir contagiada por esse espírito de adrenalina... que fraca que sou!
De volta à cidade. O lago Lemano é o segundo maior da Europa e banha Genébra. A rua do "Rhone" encerra o top das marcas mais luxuosas do mundo: Dior, Bulgari, Hermès, Rolex, Piaget, exemplos de uma longa lista. No interior de uma dessas "boutiques" está uma luso-descendente a experimentar jóias. Ela ocupa um lugar na direcção de um jornal diário de Genébra. Nem se lhe nota o sotaque comentam as colaboradoras da loja. Da pequena conversa fiquei a saber que vai ser uma espécie de embaixadora de uma marca de jóias para um jantar importante no meio. E não é que sabe bem ouvir estas histórias de portugueses de sucesso pelo mundo!
Se todos vivem bem , a cidade tem uma cara limpa, andar de bicicleta com menos 2 graus quando o relógio está apenas nas 9h é normal, tanto quanto o inverno rigoroso de 8 meses. Então nenhum português de gema deixa o país dos relógios, de departamentos das Nações Unidas, do chocolate, do dinheiro, da relação bem-medida do que se ganha com o que se gasta. Antes pelo contrário, mais pessoas querem voltar à Suiça que se faz nos Alpes.

Sunday, October 10, 2010

Quem fala assim não é gago nem é pago

"Diz a experiência que na primeira semana todo o auto-patrão freelancer tem a determinação de Belmiro de Azevedo, na segunda já tem as reivindicações de Carvalho da Silva e na terceira as convicções de um velho gordo e anarquista" Luís Pedro Nunes, in Revista ÚNICA - 02/10/2010
Este comentário tem o seu quê de verdade. Afinal o trabalho é suposto ser um acto social, já diziam as fundamentadas teorias da psicossociologia.

Saturday, October 9, 2010

Missing sun already

Missing writing in the sun, lying in the sand, in my purple towel, like I was a chameleon...

Thursday, October 7, 2010

Viva a República em 3 imagens

Manuel de Arriaga, Teófilo de Braga e Sidónio Pais são os três primeiros rostos da república. Uns mais duradouros do que outros é certo mas como uma entrevistada me conferiu, numa história sobre o seu avô, o que interessava para o proletariado sedento e revolucionário era uma mudança : "O que é isso da república? Quer dizer que vamos trabalhar menos e fechar ao domingo? Então viva a república!". Uma memória viva absolutamente deliciosa, que me embrenha cada vez mais no gosto de ouvir iluminações do passado, mais do que valiosas.



Monday, September 20, 2010

Da boca para fora #1

Comentário no Públio à notícia: Movimento de cidadãos apela em Lisboa à manutenção da linha férrea do Tua

"Amigos
da linha do Tua, não vale a pena essas coisas que o socas já recebeu os milhões, e se vem atraz tem que os ir buscar aos paraísos, neste governo o que conta são os milhões, os amigos, os afilhados, os seus boys, os grandes grupos dos amigos, para terem lá o lugar cativo para mamarem mais uns poucos, e portugal e os portugueses que se fo...,"

Monday, September 6, 2010

A página que está a dar que falar


É esta. De acordo com o autor da página, esta, no primeiro dia, foi visitada por mais de 350 mil pessoas, das quais 5 mil deixaram mensagens abonatórias ao ex-apresentador e apenas 70 foram "bocas".
Há muito que à segunda à noite não via o "prós e contras". Hoje o tema é o acórdão da Casa Pia. A Fátima Campos Ferreira continua igual a ela própria, não consegue manter a isenção e não deixa os convidados falarem em tempo igual.
E pronto, é agora! O Carlos Cruz acabou de desafiar, em directo, uma das vítimas que o acusou - Francisco Guerra - e deu a cara na passada sexta-feira, a uma conversa frente-a-frente para esclarecer a opinião pública. Que circo! Só falta a bolinha vermelha no nariz do Cruz.
Ficção ou Realidade? Francamente ainda se anda a discutir na praça pública, apesar dos condenamentos do tribunal, e nesta fase do campeonato em que até a bola adquiriu uma forma quadrada, como a da mente de muitos magistrados, políticos e vedetas envolvidos neste fiasco, se é verdade ou mentira? Ora convenhamos não existem provas flagrantes mas do meu ponto de vista o lado mais pesado e triste desta balança é o da verdade das vítimas. Os mais frágeis são sempre os que comem e calam, e não é preciso ter de encarnar uma vida daquelas (abandono, maus tratos, abuso sexual) para perceber.

Thursday, September 2, 2010

Casa Pia. A leitura do acórdão

Acabo de ver uma excelente reportagem no Jornal da Noite que resumiu os 8 anos deste processo interminável. Amanhã far-se-á justiça?

Monday, August 30, 2010

Se um dia vivesse aqui ou do outro lado da margem?

Que tipo de reportagens faria - solidão, diversidade cultural, crime e castigo (parafraseando esse génio da literatura russa, e do mundo, Dostoievski)?
Hum! Sobre natureza seria mais difícil, mas não impossível. Nada é impossível.
Esta cidade/ estado/ metrópole é o opium de muitos artistas musicais, plásticos e visuais. Afinal Brooklyn é um dos 5 distritos de Nova Iorque. Alguns podem achar que nada tem de interessante este centro portuário e industrial mas é lá que se situa também o terceiro centro financeiro de NY. Nada mau hein? Poderia sempre relatar os efeitos da poluição do rio Hudson e no que podem (esses efeitos) influenciar na longevidade dos nova iorquinos e vizinhança.
Conheçam a banda sonora deste post.

Viagens à parte, para já, dou-me por satisfeita com o meu Cacém, uma morada que ainda cheira à fresco. Gosto de ti Cacém, gosto muito do Cacém, gosto muito do Cacém... e continua, para interiorizar melhor a ideia.
A cheirar a fresco está também o trabalho novo que arranjei na área jornalística. Finalmente, começo quarta-feira, e já com entrevistas marcadas para reportagens. Estou ansiosa e felicíssima com um novo projecto que espero que se traduza em mais aprendizagem e valorização, para continuar a fazer o que gosto: reportagem e notícia. Numa conjuntura atroz resta-me dizer que vou dar o litro como é meu apanágio.

Tuesday, August 24, 2010

Journalism is about respecting rights

"I want to tell stories all over the world because journalism its about respecting the human rights and being true for ourselves and the other".

A propósito continuo a minha batalha por um lugar nos media. E quando penso que o mundo vai desabar sobre a minha cabeça, eis que me vigorizo com um texto da Paula Torres de Carvalho. Vale a pena ter colegas de profissão a escrever tão conscientemente sobre o estado actual dessa ciência social que dá pelo nome de jornalismo. Mas Paula deixa-me acrescentar que ao jornalismo de matilha que referes, e bem, há também os empregos de matilha, ou seja, ou existem instáveis e abusadores, ou não existem, ou simplesmente existem e são para um nicho.

Wednesday, August 18, 2010

Romaria a Fátima

Os emigrantes de visita a Portugal, no seu "querido mês de Agosto", entopem as portagens para chegar a Fátima e cumprirem as promessas desesperadas do ano inteiro. Sem fugir ao habitual, o único engarrafamento visível é no sentido norte-sul da A1. Do sul para o norte não se detectam grandes movimentações junto à fronteira sagrada de Portugal - Fátima. O que prova, mais uma vez, que os emigrantes, a maioria franceses, são populares do norte muito católicos e devotos dos 3 pastorinhos, a quem recorrem nos momentos de tristeza e de esperança. Há que respeitar as crenças e a liberdade religiosa. Cada um tem a sua fé (ou a falta dela) e acredita no Deus que bem entender.
Por falar em religião, no mês passado, atravessava a avenida de roma com uma amiga quando um grupo de coreanos nos interpelaram, lançando uma questão: já ouviu falar de Deus-mãe? Não - eu e a Rita respondemos em coro. Ficámos atentas durante 10 minutos ao que tinha este grupo de missionários para contar. No portátil que traziam fizeram correr um vídeo que falava na existência de um Deus-mãe. Assim como existe Deus-pai, também existe (está provado na bíblia, diziam os jovens missionários)um Deus-mãe. É mais uma interpretação do livro mais famoso do mundo, como milhares de outras. As crenças devem servir para juntar as pessoas e não distanciá-las física e racionalmente. Tudo tem de continuar a existir e ser partilhado mas com possibilidade de refutação, como esta: os dogmas da religião são apenas ideias estanques, indiferentes à capacidade de inteligência.

Wednesday, August 11, 2010

Que situação infernal esta dos incêndios

Bem me parecia que o facto de o céu da minha zona estar submerso em fumo era coisa de incêndio por perto. Bem dito bem feito. Belas estava a arder e a esvair-se em cinzas. Terá sido mão criminosa, afirmou em entrevista à SIC Fernando Seara, Presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Felizmente o fogo foi dado como extinto às 20h. Mas muitos são os que continuam a consumir mato e zona verde, a ameaçar as populações onde só de imaginar aquelas casas em vias de ficaram totalmente chamuscadas me arrepio da cabeça aos pés. Senhor Ministro da Administração Interna, Rui Silva, não venha com desculpas de que não pode haver vigilância em cada 5 metros e meta esse plano de protecção civil a funcionar em condições, apanhando os criminosos. Assim não dá para continuar, nesta situação de pleno inferno.

Tuesday, August 10, 2010

As time goes by

Casablanca, um filme de 1942, tem das cenas mais bonitas de sempre do cinema. Incrivelmente belo este filme.

Friday, August 6, 2010

Uma questão de sobrevivência

E se um dia uma catástrofe natural devastasse meio mundo e este deixasse de ser um local agradável e prazeroso para se viver, com Homens famintos capazes de se comerem uns aos outros porque não têm outra forma de subsistência. Se se fosse avançando num país tão gélido - de cortar a respiração mesmo - com o nosso próprio filho, depois de ver o suicídio da mãe dele (mulher e companheira de longa data)atingindo o limite da condição humana, onde iríamos buscar forças para continuar? Que objectivos teríamos numa situação desesperante como essa, com uma criança ao lado? As nossas escolhas são uma questão de sobrevivência. Algumas são egoístas outras altruístas, e é isso que nos distingue enquanto seres humanos.

Monday, July 26, 2010

A profissão de jornalista

Um artigo sem papas na língua, incisivo e contundente que analisa o presente e o futuro do jornalismo. Será exagero a forma como Gilberto A. Bernardi descreve o estado desta profissão ou retrato da realidade? Leva-me a crer que muito do que diz é verdade, não só no Brasil, como em Portugal e no mundo. Difícil é sentir que a profissão para a qual estudamos e aprendemos durante 4 anos está em declínio e é desvalorizada perante as outras ciências sociais.

Thursday, July 22, 2010

Cito uma conversa do ciberdúvidas

Dúvidas existem sempre e ninguém nasce ensinado é uma verdade mas já chega com esta do PSD, ok? O ciberdúvidas tem razão.

"[Pergunta] Deve-se dizer "sociais-democratas" ou "social-democratas"?
Carlos Andrade :: director da TSF ::

[Resposta] Deve-se dizer sociais-democratas, porque se trata de democratas que são sociais. Os "democratas que são social" não dá sentido."


Ah, tem graça que ainda no outro dia ouvi uma jornalista dos noticiários da TSF a repetir social-democratas.

Palavras muito em voga

Note que os media e os seus actores recorrem amiúdes vezes a expressões medicinais, tais como:
-inflamada
-cirúrgica
-ventilada

Wednesday, July 21, 2010

Os internacionais que são nacionais

Só porque não dou música aos leitores há algum tempo. Deixou-vos portanto uma boa sugestão, disponível em qualquer loja de música sob o albúm "High Violet". Esta é uma sonorização melancólica para o Verão, mas sabe bem para contrastar com o calor. Uma composição tão fria quanto sentimental.

Tuesday, July 20, 2010

Carcavelos ou Los Angeles?

Desta vez não é para rir. É preciso registar uma série de assaltos e incidentes na linha para aparecerem dois polícias de moto-quatro, imagine-se! Fico estupefacta, estamos muito mais evoluídos do que a Califórnia. Lembram-se daquela série de acção, cujo nome não me vem agora à memória, que tinha como protagonistas uma equipa de ciclistas-polícias? É do género, mas com menos estrelas à beira-mar. E é isto que eu faço na minha silly season, leia-se sem trabalho, vou para o sol e vento e confusão de Carcavelos.

Saturday, July 17, 2010

A música já não é o que era

Henrique Amaro, Paulo Furtado e Vítor Belanciano juntaram-se, na passada quinta-feira, para uma conversa sobre vinil em plena FNAC Chiado. Perante um café, à vontade, preenchido deambularam pelos anos 60, 70 e 80 - épocas de ouro do vinil.
Amaro falava da misticidade do vinil pelo objecto em si, pela estética. Furtado, quase nostálgico, disse: "o CD não tem um lado b". Parece que a acção de virar o lado do disco é única para os três melómanos, que partilham também as ideias de que o vinil é uma marca (de qualidade) na história da música e de que o CD nunca superará o culto desse objecto. O jornalista do Ípsilon, Vítor Belanciano corroborou a ideia de Henrique Amaro: "muitas vezes um grupo de amigos encontrava-se em casa, metia um disco a tocar e ficavam a ouvi-lo em silêncio". Parece que com a facilidade de acesso à música isso se perdeu. Furtado critica aqueles que têm armazenados gigabytes de música e depois nem uma pequena parte ouvem como deve ser. Para o final, Belanciano, que já tinha passado no gira-discos de serviço a canadiana Feist, reservou o melhor: um vinil de Marvin Gaye, um dos seus músicos de eleição. Talvez dos tempos em que os discos brilhantes imperavam - acrescento eu - não fosse agora o jornalista, assumidamente, um defensor das novas tendências musicais.

Tuesday, July 13, 2010

Frases muito em voga

"Acredito que há qualquer coisa a olhar por nós, infelizmente é o governo",woody Allen.

Sunday, July 11, 2010

Silly Season

Na prática a chamada silly season - termo técnico do jornalismo que quer dizer tempo morto, sem notícias - só começa em Agosto para os media em geral, mas para mim que sou freelancer faltam quatro dias apenas para entrar nesse "clima". Agora estão todos os meus amigos das ciências exactas e sociais embasbacados. Engenheiros, economistas, marketeers, investigadores, o jornalismo não é só florzinhas e facilitismos, tá?
Estamos em Julho e até ao final do mês o resto do pais contínua a trabalhar. Os políticos continuam a produzir material mais do que suficiente para encher um jornal. A classe dos magistrados e juristas anda relativamente parada. Já a economia está a par da política em matéria de temas que estão na ordem do dia. Nem quero falar do futebol (a Espanha acabou de ganhar o mundial há uma hora).
A TVI parece que já me acompanha e já entrou na sua silly season. Este fim-de-semana reparei que passaram uma série de notícias e reportagens sobre a praia e o calor, uau! Será que me poderiam contratar pois também estou nessa fase e um empregozinho dava jeito. Se calhar vou propor-lhes dois temas de reportagem: os vendedores de missangas e óculos de "candonga" das praias da linha de Cascais queixam-se da crise causada pelos incidentes dos últimos fins-de-semana, ou então sobre a prostituição sénior que ocorre na estrada da Serra de Carnaxide - Amadora.
Assim juntamos o útil ao agradável pode ser senhor director de informação, Júlio Magalhães? Enfim temas para reportagens é o que não faltam por isso vou-me fazer à estrada amigos. Entro agora numa outra fase, com a qual estou bem familiarizada, a de procurar um novo trabalho e tentarei testemunhar tudo aquilo que vou atravessar para reingressar no jornalismo a tempo inteiro. Vocês serão portanto os meus álibis nesta procura. Está aberto desde já o fórum: acham que vou conseguir voltar a ser jornalista? Daqui a quanto tempo? Será na rádio, televisão ou imprensa? Comente livremente, aqui não há radicalismos.

Friday, July 2, 2010

Momentos

Ouvir a RADAR, com fones, enquanto se procura aquele momento de inspiração para escrever, sabe bem. Não sei se será das vozes naturais se dos conteúdos musicais, mas recomendo.

Tuesday, June 29, 2010

Dos cães

Gosto muito dos animais caninos, a sério que gosto.
Billy era como se chamava o nome do meu primeiro e único cão. Atenção não quero fazer qualquer elogio de tenacidade a Manuel Alegre pelo livro "Cão como nós", mas reconheço que falar sobre eles é como descrever um amor de Verão. Ou seja, aquele amor que não é demasiadamente forte para nos deixar depressivos quando desaparece, mas que é suficiente para causar um pequeno abalo ao coração. Fiz o meu luto durante alguns dias.
Lembro-me como se fosse hoje daquela manhã em que encontrámos o Billy no chão, sem a alegria que se percebia que tinha quando via os donos, sem dar pulos e corridas majestosas. O Billy tinha sido atacado por outros animais da sua espécie. Indefeso, como estava não conseguiu resistir. Os animais são territorias quando menos se espera estão a lutar pelo seu território, aliás, como o ser humano, nas suas relações amiúdes vezes surgem em confrontos directos. A tirania de alguns países e as nossas relações emocionais são também sinónimo disso. Somos egoístas e queremos marcar o que conquistamos, se possível com um estandarte.
Voltemos ao Billy - nome inspirado num grupo musical dos anos noventa. Na altura o meu irmão mais velho quis que o nosso primeiro cão tivesse o mesmo nome que o seu ídolo de adolescente: vocalista dos Green Day. Hoje ao falarmos sobre isso dá-nos cólicas de rir.
Desde então nunca mais pensei em ter um, e por isso o meu modo de andar na rua também mudou.
Em suma, tenho reparado que por onde quer que passe, seja em corrida ou num simples passeio, há dejectos no chão a perturbarem o caminho e isso irrita-me tanto mas tanto que não vos passa pela cabeça: todas as manhãs quando vou para o trabalho tenho de ver onde ponho os pés para não acertar na merda dos outros Arghn!

Thursday, June 24, 2010

Portajar

SCUT. Esta sigla significa: Sem Custo para os UTilizadores. Reitero, sem custo.
De acordo com a Wikipédia, que dá sempre muito jeito ainda que não seja um instrumento instrutivo cem por cento fidedigno,a sigla foi introduzida decorria o ano de 1997,pelo chefe de governo António Guterres. Então e agora, vamos mudar de nome se se vier a portajá-las? Tenham dó(!), nem todos vivem acima dos oitocentos euros por mês ilíquidos. Somos o nono país mais pobre da União Europeia e apenas temos mais poder de compra que a Hungria, a Estónia, a Polónia, a Lituânia, a Letónia, a Roménia e a Bulgária, países considerados novatos em matéria de Europa. Parece que desde 1986 até à data nada mudou: continuamos pobres e sem produção de riqueza. Os dados são reveladores, citando o Diário Económico há dois milhões de pobres em Portugal.

Friday, June 18, 2010

Com a alteração de feriados

não podia concordar mais.Transpor os feriados para as sextas-feiras a fim de evitar as chamadas "pontes"? Vamos a isso. Nem tudo é mau porque aqueles feriados que são ao fim-de-semana vão ser transpostos para segunda-feira. O que querem mais?

Tuesday, June 15, 2010

Mundial

E pronto, começou a febre e a distracção de milhões de portugueses. Será um orgulho ser português por causa do futebol? Para mim, o mundo do futebol é injusto, não faz qualquer sentido essas pessoas ganharem rios de dinheiro pelo que fazem, é simplesmente absurdo.

Saturday, June 12, 2010

"Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos" a performance abriu o festival Alkantara no Porto e desceu até Lisboa


No penúltimo dia da terceira edição do festival de dança e teatro Alkantara, a Culturgest instalou a sua melhor blackbox para receber o espectáculo de dança/performance “Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos”, o mais recente da coreógrafa Vera Mantera, desta feita acompanhada com convidados que interpretaram e co-criaram.
Ter estado lá é uma experiência transcendental. Não é dança, garantidamente. São movimentos de corpo e de mente. Tudo gira em torno de umas cabeças plásticas, imaginem aqueles manequins de montra, é do género. Ao longo de uma hora e quinze minutos entraram e saíram do palco quatro bailarinos principais – dois homens e duas mulheres – com personalidades muito distintas mas fortes. Traziam essas cabeças na mão como se fossem meros recipientes destinados aos mais variados fins. De dentro delas saíram, imagine-se: carros em miniatura, aviões também em formato mini, dinheiro em moedas e notas, dezenas de cartões de crédito, palha, uma mulher insuflável, diamantes e algumas outras coisas simbolicamente supérfluas, ou seja, uma verdadeira crítica à futilidade das ruas.
Por momentos é como se estivéssemos numa viagem ao mundo absurdo de David Lynch, mas em performance.
O espaço onde a acção acontece fica cheio de objectos. Quando pensávamos que já nada nos poderia surpreender entra uma das personagens com uma daquelas cabeças de manequins de montra numa mão e de lá de dentro começa a retira um líquido – não muito líquido - de cor cobre. De seguida começa a espalhá-lo pela cara plástica que tem na mão, como se fosse base de maquilhagem e vai chorando num momento que não fica muito claro. Como se a absurdez alguma vez fosse clara. Kafka também nunca foi concreto, Boris Vian também não. Há simplesmente mensagens que não têm sentido, são vazias, mas que têm significado por isso mesmo. Mas prosseguindo, “Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos” é um jogo tenaz, quem se manteve até ao final pôde perceber que regras foram utilizadas - uma visão trágica da sociedade consumista. A terminar uma das duas bailarinas faz um brilharete, despertando o riso geral de quem assistia. De dentro de uma das cabeças tira um manual de instruções, como se de um electrodoméstico se tratasse, como se a nossa mente, para funcionar bem, tenha de ser utilizada com um livro de instruções. Ver para além do óbvio, do estático, pensar, é o que se pode retirar daí. O culminar dá-se quando estão todos os intervenientes em palco, uma espécie de elogio da loucura, com uns avião telecomandados a sobrevoar o espaço.
Uma performance que pode interpretar-se de várias formas e por isso a opinião não foi consensual: “foi interessante” disse, num tom bastante lato, um espectador.
Em síntese, é um espectáculo para uma minoria por isso se não gosta de escrita sarcástica e “fora” fez bem não ir. Se fosse retiraria talvez uma mensagem do género: use a sua mente segundo um bom manual de instruções, seja ético e boa pessoa, distinguindo claramente aquilo que faz falta do que não faz, caso contrário poderá avariar ou simplesmente bloquear o seu cérebro - limitar-se ao óbvio. Vera Mantero começou por ser uma bailarina da Gulbenkian, agora é e sempre será uma coreografa visionária.

Monday, June 7, 2010

O anjo negro de Luanda

“Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical”. É esta a primeira frase da contracapa de “Barroco Tropical” - a décima oitava obra editada em português do escritor José Eduardo Agualusa. Ainda que nesta contagem se incluam textos soltos, crónicas e livros acaba por ser um número assustador, não no sentido semântico da palavra claro está, mas pela responsabilidade imputada numa fase de (quase) maturidade de Agualusa.
O título não podia ser mais eficaz e justo. Afinal o Barroco – estilo artístico que nasceu no século XVI em Itália – privilegia “os contrastes, a dramaticidade, a exuberância e realismo, e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual”. Que definição tão perfeita para Kianda: artista, cantora e uma das personagens principais do livro. Ela busca incessantemente um conforto espiritual e afectivo, embora sem a coragem necessária no amor. Auto-consciente do seu dom vocal e representativo (aqui como no estilo barroco) que nasceu com ela. Considera-se uma estrela mas não consegue brilhar fora do palco sem alguém ao seu lado. Talvez o medo a ameace.
Do início ao fim da narrativa Lulu Pombeiro (o marido) foi para Kianda (a estrela) o rochedo no qual assenta toda a sua minha vida.
O encontro de Kianda e Bartolomeu Falcato (escritor e amante) é, no espaço e no tempo, fantástico. Ambiente noctívago com fumo à mistura, ou não estivessem num bar de jazz no bairro da Mouraria, em Lisboa. A conversa desembrenha-se no final da performance de Kianda e a superioridade da música africana face à brasileira é um dos temas do diálogo.
Os dois voltavam a encontrar-se anos mais tarde, no Rio de Janeiro. Atente-se à mensagem que despoleta aí o relacionamento proibido de ambos: “decifra-me ou devoro-te”.
“Barroco Tropical” centra-se, nas palavras de Agualusa, “ em como o medo destrói, transforma, transtorna, corrompe as pessoas. Como destrói as ligações de amizade, as relações familiares. Como as ditaduras e os regimes totalitários utilizam o medo, não só para submeter as pessoas mas para as degradar.” Ou seja, o sentimento do medo surge como um o fio condutor e transversal ao enredo.
Da dezena de personagens, para além dos amantes já apresentados, faz parte uma modelo – Núbia - que sofre calada; a beleza fez com que entrasse nos meandros delinquentes do poderio Angolano. A propósito ao longo dos vinte e cinco capítulos do livro, Agualusa vai destacando amiúdes vezes, no final de cada texto, parágrafos conclusivos com a realidade factual, e há intencionalidade nisto. Consciencializar para os problemas -- político-económico-socia l -- da antiga colónia portuguesa, como neste excerto: “o Povo, ou Eles, é como em Angola nós, os ricos, ou os quase ricos, designamos os que nada têm. Os que nada têm são a esmagadora maioria dos habitantes deste país”.
Os contos mirabolantes como o da caveira falante prometem divertir os cépticos e os supersticiosos. Mais, reza o mito que existe um tal anjo negro em Luanda, mantido e cuidado há séculos por um grupo de pessoas.
Relativamente ao tropical deste barroco é notório pela musicalidade da escrita e pelas cores inebriantes de uma Luanda de 2020. Estamos pois no domínio da literatura, das estórias dentro da própria história, fazendo-nos pensar no segundo sentido da vida. Agualusa está no seu melhor, ao estilo do vencedor “ O Vendedor de Pássaros” (2004). É a cultura lusófona senhores!

Monday, May 31, 2010

Menos, menos

Está mais que provado que quando está sol, bom tempo, quando o termómetro sobe acima dos trinta graus as pessoas afastam-se da internet. E a antítese de menos tempo em casa é precisamente mais tempo na rua, a conviver com os amigos e aumento da boa disposição em geral.

Saturday, May 29, 2010

A maldição do escorpião de Jade

Juro que por vezes fico apavorada quando, alguns minutos depois de entrar no carro, olho para o pára-brisas e vejo um papelinho lá preso. Mas também não saio de propósito, aguento a incerteza e começo com a retórica.
Será uma multa ou não? Julgo que não estava em infracção ou estava? Será que me esqueci de algum sinal? De ver uma linha contínua amarela no chão? Parquímetro obrigatório? Enfim, ”gato escaldado de água fria tem medo” não é verdade?
Pois é, sou daquelas moçoilas com a sua cota parte de distracção ao volante. Mas adiante.
Assim que tenho oportunidade paro o meu veículo para ver então o que é. Esses papelitos em forma de quadrado com letras miúdas já me enganaram várias vezes. O último dizia assim: “professor Baraca, ilustre espiritualista e cientista…dotado de poderes ajuda a resolver problemas difíceis ou graves”. Meu caro professor Baraca um problema quando é grave é sempre difícil e vice-versa, entendeu? “Consulta à distância e pessoalmente”, uau! Ao reler estas frases vem-me de imediato à cabeça o filme « A maldição do Escorpião de Jade» de Woody Allen, em que durante várias noites o próprio Woody recebe um telefonema em casa de um hipnotizador e espiritualista meio excêntrico e totalmente exótico – tem sempre um escorpião com ele -, aliás são dois dos traços de personalidade comuns destes profissionais, e só através da voz consegue hipnotizar woody e levá-lo a cometer alguns assaltos. É um filme genialmente engraçado, como ao fim e ao cabo são estas personagens esotéricas que nos aparecem em papel no vidro do carro. Surgem do nada, nunca apanhei nenhum em pleno delito. Se alguém já apanhou que conte como são, imagino-os vestidos com mantas tigresas, ui! arrepia-se-me a pele só de pensar.
Outro: Mestre Fati, grande especialista, pode ler-se no papel “lé a sorte, ajuda a resolver problemas difíceis e graves o mais urgente possível”, tal e qual, com erros ortográficos e tudo à mistura, “pagamento após o resultado - facilidades de pagamento”. Ó meu amigo Fati, astrólogo, curandeiro internacional também aceita cartão de crédito?
Pergunto a mim mesma quantas pessoas irão nesta conversa chocha. Com o país a desabar financeiramente devido às políticas de austeridade acredito que existe quem se agarre a qualquer farsa disfarçada de gente. Acreditar é pois a palavra de ordem para quem passa os dias a preto e branco e quer mudá-los para cores. Não poderia estar mais de acordo com essa vontade, agora estupidez não admito nem que me paguem.
Estão à vontade mestres da espiritualidade, coloquem mais papéis no meu 307, dão um bocado de trabalho a levar para o ecoponto azul é certo mas antes isso do que multas. A minha esperança é que ajudem a dispersar os agentes junto dos lugares de estacionamento.

Tuesday, May 25, 2010

Dos mais belos poemas para enfentrar o regresso - ainda que pontual - da chuva

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Em todas as ruas te encontro, Mário Cesariny, in "Pena Capital"

Saturday, May 15, 2010

Coca-cola - 0:58

E porque não começar o fim-de-semana ao som dos The Beatles? Alguém recusa uma música forte? Esta junção perfeita de sons instrumentais com voz?

Friday, May 14, 2010

No fundo do mar

Às vezes pareço um golfinho a respirar, respiro tão intensamente. Ao olhar para umas imagens deste mamífero apercebo-me que alguém me faz ter este tipo de movimentos. É quase como mergulhar a cabeça e o corpo em água salgada e depois vir à superfície e voltar. Cá fora conto os segundos possíveis, um, dois, três, quatro e volto integralmente ao oceâno. Não consigo chegar à camada mais funda, só me consigo manter ao de cima.
Olho lá para baixo, fixando a retina numa linha imaginária que me conduz ao máximo da profundidade que o mar pode alcançar, ao limite. O fundo do mar é azul. É belo. Quero porém continuar a observá-lo daqui, deste lugar que é o equilíbrio.

Sunday, May 9, 2010

Quebra-cabeças

Itália. Amigas. Pizarias. Lisboa. Jornalismo. Lealdade. Reportagens. Ambiente. Fim do Mundo. Para já. No Ar. Além-fronteiras. Bom tempo. Miguel Esteves Cardoso.

Monday, May 3, 2010

Um balanço da última semana


E dita a Constituição Portuguesa que somos um estado laico. Quando se dá tolerância de ponto por causa da visita do Papa Bento XVI e quando na próxima semana se vai ter de parar literalmente por causa do roteiro do Sumo Pontífice, Lisboa - Fátima - Porto, o que se chama a isto?
Salta à vista o que muitos não querem admitir, o facto de em Portugal ainda haver um certo conservadorismo católico; acontece que está disfarçado numa aparente modernidade.
Trata-se, do meu ponto de vista, de um negócio pois infelizmente a fé é mais material do que espiritual. Quem lucra são os comerciantes, anúnciantes, hoteleiros e nunca o triste povo que entoa em uníssono Ave Maria.
Está instalado um clima de paz podre. Sócrates quer passar para segundo plano no campeonato de notoriedade da comunicação social e, convenhamos, para ele é bom acalmar as hostes. A teimosia é um adjectivo que lhe assenta na perfeição, a burrice também ao não recuar no investimento gigantesco nas obras públicas ou PINs (Projectos de Interesse Nacional). Se um dos melhores economistas portugueses, senão o melhor, Medina Carreira aconselha a colocar um travão nas despesas, a quem é que Sócrates quer enganar? Outrora tive uma opinião contrária ao que acabo de escrever. Contudo, muito tenho aprendido nos últimos tempos. Homens sábios ensinam-me que o poder corrompe/metamorfoseia as pessoas. Um professor deveras elouquente confessava, preocupado,"estamos à beira da bancarrota." O certo é que não encontro testemunho mais incisivo e dilacerante para justificar Portugal economicamente.

Estou a lê-lo, em Budapeste. Para além do livro as letras são deliciosa poesia, não acham?

Domingo à tarde

Tenho a certeza de que todos já passaram por uma crise domingueira, do género querer um momento de puro ócio e não saber nem como nem onde. Porém quando se sai de casa isso logo passa. Não há melhor remédio que sentir a temperatura exterior e contactar com a natureza. Ora foi exactamente o que fiz hoje.
Como a minha preparação física já teve melhores dias fui tentar desemperrar a coisa. Onde? Jamor, Parque Urbano do Jamor, um espaço com um espelho de água agradável à vista onde à sua volta existe uma pequena pista de corrida – jogging vá lá. Neste Parque existe também um ginásio ao ar livre com algumas máquinas de manutenção, fora os campos de relva para fomentar a prática de desporto, cheios de jovens por sinal.
Eis senão quando a meio da minha corrida me apercebi que estava a decorrer o Estoril Open 2010, naquilo que pareciam ser umas bancadas improvisadas em altura(à pinha). Fiquei, pois, a saber que o Estoril Open é no Jamor e que para além do passeio marítimo de Oeiras há outros sítios para estimular o corpo nesta área quase metropolitana de Lisboa.

Palavra muito em voga

Especulação

Sunday, April 25, 2010

25 de Abril

Simplesmente o feriado com mais significado. Não me quero repetir, não quero ouvir Zeca Afonso ou o Depois do Adeus. Hoje não. Hoje a liberdade fala por si só, não precisa de adornos.

Uma pérola de analogia

Leiam o Expresso desta semana. Em declarações a este semanário o jurista Paulo Teixeira Pinto critica a actual Constituição Portuguesa com esta frase: "há retórica na Constituição que lembra os discursos das Miss Mundo."

Wednesday, April 21, 2010

Telemarketing

Foi abordada hoje por dois telefonemas de telemarketing, um de uma televisão por cabo outro do ginásio onde há duas semanas decidi ir pedir informações. A comercial da ZON não teve a mínima hipótese e deve ter-se surpreendido quando deste meu lado ouviu, num tom efusivo: - Ainda bem que me liga!
Consegui ser irónica, claro está, e perguntei por o meu cartão ZON que dá descontos em bilhetes de cinema. Ela estupidamente pergunta-me se já tenho o pacote Telecine. Ou seja, como quem não quer a coisa tentou vender-me um produto na mesma. Sem efeito. Desliguei o telefone após um muito obrigada da parte da senhora. Vamos lá ser honestos , sinceros vá, deve ter dito algo do género “ olhem-me esta hein! Para o que uma pessoa com licenciatura nasce!”
Já a outra do dito Health Club diz que só ligou para recordar e saber que a tenho ao dispor. Ora bolas se me tivesse dito que baixava o valor daquela mensalidade caríssima é que me espantava. Agora pagar 63 euros ao mês por um ginásio dos meus míseros recibos verdes? na... na ni... na não! Tenho de me controlar, ir correr para a estrada ou ver a SIC Notícias à noite, ou ainda ao Sábado esticar as pernas no sofá, percorrer centímetros próprios de um apartamento.

Frases que marcam

"A originalidade é um traço cuja utilidade mentes medíocres não conseguem descortinar" do filósofo John Stuart Mill

Saturday, April 10, 2010

Sensacionalismo à la TVI

Estava eu, esta manhã, a saltar de canal em canal e resolvi parar no TVI24. Não é um canal que veja com frequência, posso dizer até que raramente estive mais de 10 minutos sintonizada nele pois tenho como preferência outro tipo de informação. Sucede que a curiosidade é uma mesquinhice que toca a todos e há dias em que tenho vontade de ver as linhas editoriais dos outros canais, nomeadamente, no que diz respeito a notícias.
Após breve justificação, retomemos a minha manhã e o momento em que parei nesse canal.Um pivô bem ao estilo CNN, naquela altura pareceu-me bem, estava a lançar a notícia do funeral do jovem que caiu de uma varanda em Loret del Mar. Começo a ver a notícia eis senão quando a jornalista faz duas perguntas: como é que está a viver esta tragédia? É duro?,que deixam antever os objectivos da notícia: provocar lágrimas e aquele sentimento de pena - oh coitadinho!
Como se não basta-se não disseram nada de novo. Desde quando é que um funeral de um jovem que morreu, do qual já se tinha falado quando foi de facto a notícia, obviamente, é tema do dia?
Então e o código de ética do jornalismo? Esse foi escrito para ser cumprido. Por fim ficam duas dicas: o jornalista deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor, e mais o jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo.

Monday, April 5, 2010

Bob Dylan censurado

A digressão do músico norte-americano na China foi cancelada. O motivo é o facto do país viver numa ditadura comunista, do género de Cuba, onde não permite liberdade de expressão e desde que Byork gritou num dos concertos naquele país: Tibete livre, que a China tem impedido vários artistas de lá actuarem.
Juro que às vezes nem parece que o mundo sofreu o que sofreu no século passado,que não passamos pelo Holocausto, pelo Franco, pelo Salazar, pelo Pinochet. Custa a acreditar que ainda hajam nações que vivem na era da pedra e de atrofiamento cerebral, onde só os mais frios e insensíveis sobrevivem, onde a subserviência prevalece sobre a liberdade de conduta. Que mundo é este em que vivemos?
Uma vez em Cuba de Fidel, defensor de Cuba livre serás! A título de exemplo na altura dessa minha viagem posso dar como testemunha uma pessoa com a qual mantive uma conversa. Em Havana conheci um tal de Júlio, que levava a vida como guia turístico e como tal não se podia lamentar como o seu povo irmão pois o que ganhava dos viajantes dava para o gasto.
No entanto, ao contrário deste Júlio muitos são aqueles que passam por dificuldades extremas na Ilha, desde finaceiras a sociais. Na altura, já lá vão quatro anos, ainda não podiam aceder à internet - era proibido. Em Havana, havia polícia pelas ruas com ar desconfiado como aqui (em Portugal) há sinais de trânsito, só que o objectivo lá era apenas um: controlar pessoas.
Muitos nunca sairam daquela ilha mas não é porque não querem, não são autorizados. À excepção de artistas ou médicos com vistos de trabalho, esses podem. A felicidade é à superfície da pele, da pele morena, esconde-se por detrás dos ritmos quentes e latinos que sentem. Como acontece na China que cancela a digressão de um músico como o Bob Dylan com o receio de que este lançasse alguma farpa ao governo comunista pela guerra no Tibete.
Ainda existem muitos povos presos nas garras de governos tiranos, não vamos fazer de conta que nada acontece.

Friday, April 2, 2010

O meu computador é lindooo!

Finalmente consegui fazer o meu primeiro investimento, comprei ontem no Media Markt este Sony Vaio e estas são as primeiras das muitas linhas de textos que vai escrever. Espero que dure tanto como o Toshiba,se tal acontecer não volto a troçar dos japoneses, nem do buda, nem do chá verde, nem tão pouco do sushi! Prometo.


Wednesday, March 31, 2010

E desta foi de vez

o meu computador pifou! E o facto de ter de comprar um quando tenho um escasso pé-de-meia despontou em mim este desabafo:

Faço parte da classe dos recibos verdes. Sim, leram bem, em Portugal há as classes altas, médias, baixas e a dos recibos verdes, que nem é boi nem vaca. Andamos ali, no limbo, arriscamos por amor à vocação, àquilo que estudamos e aprendemos a fazer. Somos um conjunto de pessoas licenciadas em cursos de comunicação (e não só) que, por norma, aufere um rendimento na casa dos 800 euros. Somos um conjunto de pessoas visto como indiferente e pouco produtivo para a sociedade. Somos renegados à partida: um curso de comunicação? Para quê? O que é que isso altera no crescimento do PIB e por arrasto da economia?
Cambada de anormais é o que é. Porque se a própria regulação laboral é assim as empresas não têm obrigação de acolher melhor quem para elas trabalha.

Wednesday, March 24, 2010

Late-night with Notícias

Bom, é precisamente meia-noite e vinte e seis minutos. Não estou a ver o 5 para a meia-noite da 2, não! Encontro-me a ler as notícias do dia, ou melhor será dizer do dia anterior. Notícias que já sabem a requentado, sabem? Porém é algo que gosto de fazer em último caso, quando durante o dia não houve uma brecha maiorzita para passar os dedos por um diário e consumir os factos do dia. Tive apenas uns minutos em que desviei os olhos do monitor para a televisão e eis senão quando, nesse momento, falava Paulo Baldaia, directo da TSF. O que retive do seu depoimento foi que "devido à deterioração das condições de trabalho e ao facto dos jornalistas serem mais mal pagos" o jornalismo é feito com mais dificuldades do que há vinte e tal anos.
Permita-me questioná-lo, Paulo Baldaia, escrevendo: Quais foram então os anos dourados do jornalismo? Os anos oitenta?
Se calhar até foram, afinal estamos a falar de anos que no fundo representavam a década pós 25 de Abril. Meu Deus, de repente tenho um assomo de preocupação: será que estamos a regredir em tudo? Será? Não quero pensar assim, quero prender-me às questões em que acredito e que me fazem viver em liberdade comigo, com os outros e com o futuro de todos nós.

Thursday, March 18, 2010

A sociedade está doente

"É tudo uma data de ladrões e uma data de chupistas..."
Se virem os fóruns diários da TSF, Antena 1 e SIC Notícias chega-se à conclusão que o povo está descontente. Isto chegou a um ponto em que a insatisfação com as medidas políticas, económicas e sociais é tanta que o substantivo pelo o qual mais se houve chamar a classe política é: cambada.
A sociedade está doente, urgem medidas radicais para a salvar. Porém não creio numa oposição fraca - dá-me uma espécie de azedume na boca ao ouvir falar Paulo Rangel.
Um homem que deixou o cargo de deputado europeu (escolhido pelos portugueses) para se candidatar à liderança do PSD, porque o país precisa dele? For god sake!
Tudo indica que vença na luta interina no PSD mas para próximo primeiro-ministro duvido. Ainda por cima a pedir maiorias absolutas sem falar uma linguagem que entendamos? É que se repararem os termos que ele usa para falar são apenas teóricos, o que faz com que mal o ouço falar assome-se-me à memória um discípulo do senhor a espalhar o seu sermão. E não é o do padre António Vieira aos peixes, esse sim era eloquente.

Thursday, March 11, 2010

Palavra muito em voga

Asfixia.

A entrevista de Cavaco Silva

a Júdite de Sousa foi sem sal. Não adiantou nada que não soubessemos. Sempre muito contido no discurso. Acho que nós portugueses mereciamos mais explicações, sobretudo na polémica do seu assessor, altura da entrevista em que notou-se algum incomodo (alteração do tom voz). Concordo com a pergunta do jornalista João Adelino Gomes, no programa Discurso Directo da RTP, aos comentadores Emídio Rangel, Joana Amaral Dias e o outro que sinceramente não me recordo do nome. A pergunta foi mais ou menos isto : afinal se não pode falar sobre face oculta, compra da TVI, a escolha do novo líder do PSD,recandidatura e a polémica do seu assessor, porque dá uma entrevista?
Pelo menos a Cândida Pinto sempre se focou num ângulo diferente: a vida do presidente.

Tuesday, March 9, 2010

Vende-se portátil toshiba

Se és daqueles que está alerta e pensas que poderá ser uma oportunidade de comprares uma máquina boa (linguagem nerdista) este não é o local indicado.
Quero tão só e apenas descrever o estado decadente, moribundo mesmo, da vida de um portátil com sete anos.
Julgo que a vida de um computador se assemelha à vida de um cão que entra na velhice a partir dos sete anos. Segundo padrões humanos corresponde exactamente a 49 primaveras.
Trata-se do meu "laptop", este calhau que bloqueia o seu próprio sistema operativo do nada, inclusive quando mais me faz falta, que muda de resolução como quem muda de cuecas, que de portátil já não tem nada. Primeiro porque pesa mais de cinco quilos, número que calculo de cabeça porque na verdade nunca o comprovei, porém quando tenho de deslocar-me com ele é como se tivesse um peso de ginásio no lado em que o carrego. Quase me provoca uma deslocação de ombro, imaginem!
Outro aspecto que me faz considerá-lo um PC vulgar é a falta de autonomia. Não consigo estar nem cinco minutos sem que comece a fazer o som de bateria fraca: pi...pi...piii! É que agora nem o carregador, o segundo que compro, funciona exemplarmente.
Ao longo do tempo fui fazendo várias actualizações ao dito cujo - Pentium 4, CPU 2.00 GHz - a saber: 768 mb de RAM e ainda um disco com 80 gb. Mas agora nada valem perante as inovações tecnológicas que são notícia no dia-à-dia.
Para já, a curto curtíssimo prazo, vou mantê-lo a não ser que haja alguma alma igual à do Muhammad Yunus (Prémio Nobel da Paz em 2006)disponível para me conceder um microcrédito e imediatamente ponha fim à relação áspera que temos.
Sabem que mudar de vida, no meu caso, significa começar a ter contas para pagar da casa, do carro, da alimentação, por isso tenho de me desdobrar em matéria de contenção de despesa.
Talvez quando encontrar algum ACER em promoção quebre este pensamento economicista.

Saturday, March 6, 2010

Música

Que estupidez este novo formato dos vídeos. Agora vamos ao you tube buscar coisas e é isto que acontece sempre nos blogs!?
Ó senhores dos vídeos, peço-vos encarecidamente, coloquem um tutorial para os mais leigos. Anda uma pessoa a tentar embelezar o blog e aparece-me cá cada complô pela frente.

Clássica sugestão de leitura em dose dupla



Manuel Alegre saltou-me imediatamente à vista dos expositores da livraria com este livro. Pareceu-me, pela sinopse, uma história intensa sobre as relações humanas em si mesmas e a ligação do Homem aos animais de estimação. É curtinho, leio-o num serão deste que por aí vêm.

O primeiro, Miguel Esteves Cardoso com o seu amor fodido. Há muito tempo que ando para adquirir um exemplar deste livro, já criticado pelo El PAÍS assim: "Miguel Esteves Cardoso experimenta con una notable variedad de registros (el monólogo central del personaje masculino se mezcla con numerosos diálogos, con poemas y aforismos), simulando un lenguaje ágil y rápido plagado de coloquialismos, apto para todos los públicos". E também assim: "algunas de las mismas cualidades del libro son sus principales defectos: se trata, al mismo tiempo, de un libro desmesurado en su concepción del lenguaje, ingenuo a veces en su afán por descalabrar la sintaxis, con un argumento en el que los aspectos más tormentosos de la relación amorosa rozan, demasiadas veces, los límites del absurdo".
Tenho curiosidade de saber qual destas duas opiniões está mais acertada. Espero que tenha aguçado o vosso apetite pela leitura este fim-de-semana, mais um... chuvoso.

Thursday, March 4, 2010

Porque te interessas tanto por enfermagem?

De repente surgiu esta pergunta. Tentou adivinhar a resposta continuando a perguntar. Será porque está na moda ver a Anatomia de Grey (gosto pessoal comum às duas), ou as séries de doutores? Ao que respondo: não se trata disso, mais, nunca pensei seguir carreira nessa área, se é o que estás a imaginar, não mesmo!
O que posso fazer se tenho olho clínico e todas as profissões me podem fascinar num determinado momento, pois começo a imaginar a história que se pode contar através do cunho pessoal de cada indivíduo. Classe alta, média ou baixa é indiferente, a ideia é encontrar alguém que se destaca no que faz.
Gosto de ouvir as histórias de vida e reproduzi-las tal e qual, tanto quanto me é possível. Mas nem por isso acho tudo muito interessante, dou é o benefício da dúvida.
Por vezes penso se é um gosto que nutro de pequena, porém rapidamente chego à conclusão de que em criança não tinha os meus pais a lerem-me históriazinhas engraçadas antes de dormir. Lembro-me do primeiro livro que me ofereceram, contava a história das épocas festivas do ano, nomeadamente, o Carnaval. Tinha mais ilustração do que texto, afinal tratava-se de um livro de contacto com as histórias escritas.
Mais tarde surgiu "Uma aventura debaixo-da-terra" e "Uma aventura no supermercado". Estes livros eram de ler e chorar por mais, não tenho dúvidas de que qualquer pessoa que se preze da geração início dos oitentas concordará comigo.
Voltemos à enfermagem. Acho ainda mais interessante enquanto história de vida, qual é a sensação de ajudar a salvar a vida de alguém diariamente, por exemplo, se é que existam palavras concretas para definir esse estado de alma, ou analogias. Daí o meu grande interesse pelo tema, percebeste agora?

Sunday, February 28, 2010

Diluir os ses

O que sucede com o planeta terra nos dias de hoje que adoece a olhos vistos.
Resposta: alguns pensam serem efeitos colaterais de uma divindade supra-suma e resignam-se. Pensam: para quê fazer o que quer que seja se as condições humanas e do planeta terrestre são alienáveis.
Como me dizia e bem uma amiga próxima é fácil imputar as responsabilidades nos outros, árduo é encarmos que somos nós os culpados destas mudanças ambientais do século XXI, que em prol do desenvolvimento social, tecnológico e cientifico destruímos os ecossistemas , a biosfera, a estratosfera, a atmosfera, tornamos o ar que respiramos irrespirável.
Foram os incêndios do Verão passado, os dilúvios deste Inverno, os sismos oceânicos, terrenos, fenómenos naturais que desertificam a terra, a nossa aldeia global.
Isto são coisas que acontecem mas fazendo uma retrospectiva ao historial do mundo, nunca antes sucederam com tanta frequência. Por isso, deixemo-nos de egoísmo e ajamos para e com a Humanidade.
Sobre a Madeira? Pareceu-me uma falta de ordenamento territorial notável, porquê construir casas em cima de um leito de um rio, por exemplo. Nunca visitei o Funchal, tão pouco o arquipélago,mas pelas imagens que nos chegam conseguimos retirar essa ideia de construção desenfreada. Não me tomem, porém, como uma teórica pois não gosto de viver com os "ses", gosto que os erros sirvam para diluí-los.

Tuesday, February 23, 2010

23 anos depois...

não podia deixar passar esta data em branco. Faz hoje, hoje mesmo esses anos todos que Zeca Afonso partiu. Posso dizer que não foi do meu tempo, não passei por nenhum regime ditatorial, opressões de qualquer espécie, no entanto enche-me a alma, tantíssimo ao ponto de ser aconchegante ouvi-lo cantar. Ai! Como é bom a liberdade.
Porque entendo-te, Zeca, falamos a mesma língua: o acreditar, contribuir para mudar consciências inadequadas, despertar-nos, a nós portugueses da passividade das coisas. Tu e tantos outros heróis da revolução de 25 de Abril, ah! como vos admiro, a luta pela Democracia, pela Justiça, pela Igualdade, sempre. Como podem sequer falar que estamos a viver uma ditadura actualmente? Fico perplexa com tamanha ignorância.

Monday, February 22, 2010

La domenica è stata così


Uma rendição ao capitalismo traduzida numa ida ao Mcdonald´s foi compensada por um filmezinho menos prevaricador, que parece ter pouco íman para as massas. Mas, ao invés, para mim tanto teve íman que acabei por ficar colada ao ecrã naquelas duas horas, tempo do início ao fim da película: " Os homens que matam cabras com o olhar". De resto, acrescento, o George Clooney neste último ano, nos seus últimos papéis, tem qualquer coisa de especial. Está em grande forma o senhor.


Friday, February 19, 2010

"Este país não é para velhos"

Quando me chegam relatos de falta de ética e eficácia da classe médica deste país, por pessoas que tiveram de frequentar o SNS (Serviço Nacional de Saúde) sem poderem optar pelo privado, como é óbvio a maioria da população assim procede, fico entristecida, revoltada, estupefacta, incapaz. É repugnante o que se passa em Portugal quando os cidadãos, na verdadeira acepção da palavra, ou seja aqueles que têm as contribuições em dia, e que precisam de ajuda para lutar contra um problema de sáude são recebidos por médicos incompetentes, absurdos, que compraram certamente a carteira profissional e o livro do código deontológico, como quem compra um artigo qualquer comercial numa loja de artefactos.
O que se passou é inadmissível. Uma senhora octogenária sentiu-se mal pela manhã, chamou o INEM que a transportou para o serviço de saúde da sua área de residência e onde lhe foi dito que tinha danos graves nos pulmões e que necessitava ir de urgência para o hospital agregado e de serviço àquela região a fim de saber se era um problema já de anos ou se era uma coisa recente.
E agora aqui entra a minha voz de manifesto. A ciência é tão avançada, logo, a medicina também o é, porque é que numa consulta de medicina no trabalho não se engloba exames médicos a tudo? Reitero, tudo. Talvez ajudasse a subir a esperança média de vida.
Voltemos ao cerne do meu texto. Dada a ordem para seguir com a paciente para o Hospital de Tomar e chegando a essa unidade de saúde o médico faz as diligências necessárias para os exames prescritos.
Ao fim de uma hora, mais minuto menos minuto, a senhora regressa para junto do familiar que a acompanha que ouviu do médico " vai tomar estes analgésicos para as dores". A acompanhante retorquiu: "mas doutor ela já toma tantos medicamentos, não tem problema juntá-los?'". O "doutor", quase com as costas viradas responde: "não tem problema nenhum", e seguiu a vidinha dele, sem prestar esclarecimentos sobre os exames realizados. Nem mais uma palavra proferiu.
O que me transtorna de uma tal maneira é que as conclusões que tiro indicam-me que estamos perante um caso de negligência médica a uma idosa. Agora façam as contas a quantos médicos trabalham por aí com a ideia desumana de que se uma pessoa já tem oitenta anos e piques não merece a pena cuidados.Mais facilmente tratavam um animal.
Que pais é este que deixa morrer um ser humano no seu estado mais sensível - a velhice - , enquanto cruzam os braços, e mais, contestam por aumentos salariais?
Generalizar? Não. Mas a verdade está bem visível, basta entrar num hospital público. Há médicos sem ética, aliás a falta dela nota-se igualmente em outras classes profissionais , porém quando se trata de implicações na vida ou na morte de um Homem o caso muda de figura: o direito à vida tem primazia é o primeiro em qualquer Estado de Direito e há que relembrá-lo sucessivamente face à incompetência de alguns.

Monday, February 15, 2010

A vida são 2 dias e o Carnaval são 3, serão?

Ponto número um: a questão é que quem o inventou com certeza que gostava muito mais do Carnaval do que eu, essa festa onde os mais foliões se disfarçam como querem e encarnam personagens, umas mais mitológicas outras mais cinematográficas, objectos de consumo, de observação, enfim.
Esta expressão “a vida são dois dias e o Carnaval três” dá a entender que a vida é curta demais, e, por conseguinte, deveríamos aproveitar a euforia do Carnaval, os três dias, leia-se domingo, segunda e terça-feira, vivendo sempre com esse estado de alma.
Ora chegamos a uma certa idade em que fantasiarmo-nos por fantasiar, por obrigação e porque é Carnaval não faz parte dos nossos planos, gostamos mais de usar disfarces em festas temáticas. Ou mil vezes seguir um code-dress.
Ponto número dois: A vida só faz sentido se for encarada como sendo maior do que dois dias. A vida é uma etapa onde somos eternamente estagiários nela, ou seja, ela é a nossa única detentora, digamos assim, em termos metafísicos, mas a retribuição por ela nos conceder este período experimental é a responsabilidade e o proveito que desta advém. Se nunca houvesse o lado sério da vida como iríamos saborear o lado carnavalesco? Já pensaram que os nossos momentos aprazíveis só o são porque fazemos uso da emoção muito mais do que a razão? Bom, bom é ter a medida certa destas duas condições em que se divide o pensamento cognitivo.
Sucede que nem sempre é possível aliar a razão à emoção. Na prática quando juntamos sentimentos emocionais ao trabalho, a negociações ou ao estudo alguma coisa corre mal, o sangue começa a ferver e a subir-nos facilmente à cabeça, e por isso falamos o que não queríamos e agimos inadvertidamente. Tento não fazê-lo. Tento separar sempre “as águas” para não perder coisas/pessoas importantes por firmeza e frontalidade num debate.
A emoção. O seu espaço no nosso quotidiano é imprescindível, tem de ter sempre lugar, porque é aí onde eu acredito que reside o nosso carácter, o nosso ímpeto, a nossa individualidade; a razão é o meio que temos para chegar a um fim, ou seja , é crucial para atingirmos metas.
O Carnaval é emoção; a vida é razão.

Friday, February 12, 2010

Constatações de final da semana

Avisto da janela deste escritório onde me encontro aquilo que é o “resto” da Serra de Aire e Candeeiros. Não se pode considerar uma bela vista pois é uma imagem que nem é serra, nem é mar, nem é campo. Seria natural e bonita, esta serra, esta observação minha, senão tivesse torres eólicas espalhadas por toda à parte, que apesar de serem úteis – atenção que sou totalmente pró – ambiente - não jogam nada a favor da natureza e de qualquer quadro paisagístico que podemos contemplar por este país acima/abaixo.
Em primeiro plano vejo um parque de cimento, por vezes cheio de veículos, por vezes vazio mas que nada me diz. Mais além casas, e quando faço uso do meu zoom ocular, aparece-me então esse fragmento de serra com umas antenas no topo, que feio, a sério. É melhor não olhar, longe da vista, longe do coração.
Quando se tem a mínima noção da estética percebe-se o valor da arquitectura, do planeamento, do ordenamento do território. As construções de cimento têm de ser pensadas e enquadradas no espaço e no momento.
Ele há quem prefira o campo ou quem prefira a cidade, eu sou daquelas que prefere a cidade, apesar de ter vivido apenas quatro meses na capital, senti-me bem por lá. Gostei da rotina diária, do ter tudo, mas mesmo tudo à mão (o mal e o bem), ir ao Lux, ao Bairro alto, ao Saldanha, aos cinemas com mais de dez filmes em exibição (imaginem só os termos de comparação a que chego), o casa-trabalho-trabalho-casa, que também sabe bem. Posso dizer: a cidade é um objectivo que não está terminado. Mais não seja para ter uma vista de um qualquer escritório para uma fila de trânsito gigantesca, e um qualquer fim-de-semana recolher-me na pequenez da minha terra linda, só para ter aquele gostinho de seguida valorizar o que tive e não tenho, ou seja, a calmaria das localidades mais pequenas.
Na verdade tudo tem os seus prós e os seus contras. Acho que depende sobretudo das diferentes etapas da vida, daquilo que procuramos. Compreendo aqueles que gostam da pacatez de uma pequena aldeia, pouco identificável nos google earth e maps, os que se repudiam, quase, quando falamos em grandes centros urbanos: ter de me levantar de madrugada para chegar ao trabalho? Isso é perder qualidade de vida. Sim é, mas então e viver num lugar onde é mais fácil cruzarmo-nos com animais de estimação ou com seniores do que com gente da nossa geração? Os prós: as idas ao café de fim-de-semana.
Lá fora continua um clima frio, as mãos enrijecem, os músculos da cara tonificam ao contactar com o ar. Respiro fundo porque o ar que vem de dentro, esse, é quente. O escritório continua o mesmo, a vista para o monte também. O meu espírito de fim-de-semana contrasta com a cor acinzentada das nuvens, que dão lugar às mais esbranquiçadas à medida que a terra se movimenta. Meto a primeira e parto. Primeira paragem, ginásio (é bom e faz bem a pele), segunda jantarzinho e se tiver tempo ainda pinto as unhas com verniz da risqué escuro. Preparo as prendas para o aniversário do afilhado, ou seja, os sacos da Modalfa cheios de roupa e ainda um dvd que vinha com o SOL da semana passada, meto-me no carro para só pará-lo em casa do pequenote. Seis anos: uma idade mágica, vem a escola, os primeiros amigos, a primeira namorada, os TPC´s, confesso, sou uma madrinha babadíssima. Bolo? Espero que não haja para bem da minha dieta de açúcar. E a propósito, já dizia Margarete Tatcher, o comer em excesso faz com que o estômago trabalhe em vez do cérebro.

Thursday, February 11, 2010

Portugal: um país nas bocas do mundo


Leiam a entrevista do NYTIMES ao nosso 1º Ministro. Aproveitem para desenferrujar o inglês, vá.

Tuesday, February 9, 2010

Quiz

Nuno Markl ou Bruno Aleixo?
Nuno Markl
Bruno Aleixo ou Bruno Nogueira?
Bruno Nogueira

Nuno Markl ou Bruno Nogueira?
Não consigo escolher, ambos me fazem rir. E como é bom dar umas gargalhadas no carro logo pela manhã.

Viva ! Viva o humor e seu sentido na rádio.

Cauteloso

É como descrevo o comentário de António Vitorino ontem à RTP sobre o caso SOL/ESCUTAS, que envolve o 1ºministro, Paulo Penedos e Rui Soares. Fortaleceu o aspecto de ter sido o próprio governo a intervir no negócio PT/PRISA, como quem diz que este aspecto ajuda a provar o afastamento político do caso.
Também é verdade que a oposição está cada vez pior. Não temos alternativa de governo, o PSD e outros que estão em posição análoga só se mobilizam para deitar abaixo Sócrates que disto tudo só sai a ganhar.

Thursday, February 4, 2010

Mário Crespo

Vamos lá ver uma coisa, que José Sócrates tem um feitiozínho particular já não é novidade para ninguém. Que aparece sempre optimista face aos problemas do país também não. Que é um óptimo comunicador, também ninguém tem dúvidas. Agora acusarem-no de ditador, de querer exterminar a pluralidade de opiniões e liberdade de informação, quer dizer ainda não chegamos a tanto.
A pessoa que referendou novamente a lei do aborto, para que as mulheres fossem inimputáveis, que lutou pela igualdade dos homossexuais, que na altura em que o governo da oposição queria punir com fortes sanções os que tinham comportamentos de risco, opôs-se. Sócrates desempenhou um papel importante na prevenção da Sida e chamou a atenção que não é com proibições que se educa, mas sim com campanhas de sensibilização e de prevenção. Não podia concordar mais. O verbo educar, amiúdes vezes, prevalece sobre punir.
Então Mário Crespo, não me parece que faça sentido esta polémica. Até simpatizo contigo mas porque não vais assessorar e dás o teu lugar a alguém?

Wednesday, February 3, 2010

País das Maravilhas

Ainda há bem pouco tempo comentava entre amigos que o Reino Unido é provavelmente o país gerador das melhores bandas de sempre de rock, punk e o recente auto-intitulado estilo musical indie.
É verdade que as bandas marcam as gerações, influenciam a maneira de vestir,calçar, pentear, comunicar, comportar, daqueles com rebeldia a correr pelas veias - os adolescentes. Já nos mais crescidotes, onde eu própria me incluo, agora e sempre, pois não há volta a dar ao tempo,a música pode assinalar momentos de inspiração, socialização, divertimento, descontracção.
Oh! Como as mentalidades mudam. Há dez anos estava perfeitamente enquadrada no clima de rebeldia e desenvoltura que a música me proporcionava nessa altura. Bem sei, é uma fase natural de crescimento, afinal da adolescência à idade adulta sofremos uma metamorfose incontrolável, passamos do estado de rebeldia ao estado da vivência.
Voltando ao cerne deste post. The Beatles, The Pixies, Pink Floyd, Radiohead, Arctic Monkeys: são de décadas diferentes mas partilham uma essência musical atípica. Os ingleses sempre quiseram ser diferentes e tenho de concordar que são, na música ( deixemos o euro, o sistema político monárquico e os carros com volante à direita para outro dia).
Eles sabem fazer música e a prova disso é que estão sempre a surgir novas bandas de qualidade. Estes Florence and The Machine são soberbos. A voz angelical e suave com a melodia de fundo rebuscada faz-me lembrar de que o país das maravilhas existe.
E para além de cantar, há uma harpa (!), salta, pula,dança com coreografia. Temos artista.




Sunday, January 31, 2010

The Wrestler e Bruce Springsteen

Nunca fui nem de longe nem de perto fã de wrestling mas, digo-vos, vale a pena ver este filme. É curto e grosso, em linguagem popular. Diz muito se o entendermos como uma metáfora da vida. Afinal o lutar por alguma coisa é o que nos move ou devia de mover. E ainda lutar até ao fim, não deixar nada a meio, tentando perceber onde erramos e aprender com isso. Aprender que tem de se olhar a meios para atingir os fins. Só assim faz sentido.

Bruce Springsteen "The Wrestler" - Official Video

Bruce Springsteen | Vídeos de Música do MySpace

Thursday, January 28, 2010

27.01.2010


Hoje, última quarta-feira de Janeiro, é um dia assinalável por dois motivos, do meu ponto de vista, passo a citá-los:
- É O Dia Seguinte à apresentação pública do OE (Orçamento de Estado) para 2010. Muito se discute acerca do que apresentou Teixeira dos Santos e a sua equipa das finanças, o défice é de 9,3% cresceu face aos 8,3% do ano anterior. Parece que seguimos os passos da Grécia e são sempre aqueles que nos conduzem aos maus caminhos. Há que dizê-lo: vai ser um ano difícil em matéria de política social, económico-financeira, para não mencionar a política de justiça que permanece fraca desde que comecei a aprender o abc. Um tema que também está na ordem do dia a propósito da abertura do ano oficial de justiça.
Quando falo de (in)justiça falo dos julgamentos que decorrem desde há anos e por ora continuam sem desfecho. Como alguns casos de conhecimento geral, senso comum – até - designadamente o processo Face Oculta que veio a público no final do ano passado, cujos principais intervenientes são Armando Vara e o sucateiro de Ovar Manuel Godinho.
A corrupção é a chaga de qualquer sociedade. Nunca percebi porque não temos acesso às escutas e sobretudo porquê a destruição das mesmas? Ser cidadão é ter direito à informação ou será que é perferível andarmos aqui neste país todos ceguinhos e caladinhos?

- É o dia em que comemoro seis meses de trabalho. Acho que só eu é que me lembro deste pequeno acontecimento. O ambiente é agreste, por vezes castrante, com poucas mentes ao redor que motivam o continuar. Fossem pessoas com conteúdo, justeza, transparência e ainda me apetecia ficar outro tanto.
Porém há dias em que penso o invés, por exemplo quando aparecem trabalhos como este - por uma causa - que tornam o meu quotidiano mais leve e prazeroso.

Friday, January 22, 2010

Fly London: a história de um par de sapatos

Hoje saiu uma notícia na Marketeer sobre a marca Fly, uma marca que começou por ser exclusivamente de calçado, que continua de pedra e cal neste segmento do footwear, mas pretende expandir-se. A aposta nos acessórios é para já o próximo passo e a ideia é continuar a diversificar a gama.
Mais uma vez fiquei surpreendida e não menos orgulhosa por tratar-se de um registo português. A Fly nasceu em Guimarães e adoptou o nome de Fly London. Resta saber se foi por conter London no nome que se tornou um caso de sucesso além fronteiras, tendo ganho o ano passado a eleição, segundo a revista Drapers, de melhor marca de calçado feminino e a segunda melhor de calçado masculino. Talvez tenha ajudado, é certo, só que o estilo de sapatos é inconfundível, singular, peculiar até,deitando por terra qualquer margem para dúvida sobre a qualidade desta marca.
Os sapatos, esses, são cheios de cores, o material é diverso e o design é, digamos que, revivalista fantástico.
A Fly London apresentou a sua colecção Primavera/Verão 2010, numa altura em que se prepara para abrir duas novas lojas, em Lisboa e Londres, aqui onde detêm a maior fatia de compradores.
Pois muito bem, estes não comprei nem em Lisboa, nem em Londres, nem tão-pouco são de qualquer colecção considerada actual, foram apenas uma grande compra. Ora digam lá que não têm style?

Tuesday, January 19, 2010

O repórter da RTP no Haiti

Vítor Gonçalves é, para mim, um excelente profissional de comunicação, de momento o melhor jornalista português no Haiti, sem desfazer do Luís Costa Ribas, com quem simpatizo muito e nutro uma profunda admiração por ser um retrato-robot do grande-repórter. Mas voltando ao enviado especial da RTP, Vítor Gonçalves, quando questionado pelo pivot Hélder Conduto sobre qual o sentimento que persistia, que lhe aflorava, o jornalista responde, bastante tocado pela envolvência de horror, resumidamente isto "é insdiscrítivel, nem por imagens, nem com palavras. Conviver assim de perto com a(s) morte(s)do ser humano vai marcar-me para o resto da vida."
Obrigada Vítor pela excelente reportagem. Um grande repórter é alguém que consegue reproduzir com transparência aquilo que está a acontecer e , por isto, tu és um deles.

Monday, January 11, 2010

Guerra aberta à ZON

Exmos Senhores

Escrevo na qualidade de vosso cliente e venho transmitir por este meio o meu total desagrado com o funcionamento da minha ZON TV.
Ora, eu pago uma mensalidade, porque a pago todos os meses, como dever de bom cidadão, que cumpre com os seus deveres perante o seu fornecedor de serviço de televisão por cabo. Acontece que pago um serviço mensal. E que serviço mensal é este?
Assina-se um contrato entre dois outorgantes um deles com deveres e outro com direitos. O direito que tenho, ao ter celebrado este acordo com a ZON, é de receber a transmissão ininterrupta de um dito "pacote de televisão" subscrito, 24h sob 24h por dia - por mês- por ano. Salvo graves intempéries ou catástrofes naturais que atrofiam a rede cabo,nestes casos específicos ainda se tenta ter bom senso e a paciência de estar a pagar e não usar.

Isto tudo para dizer que não faz sentido a minha nova power box HD estar constantemente a actualizar a lista de canais e ficar sem sinal dias a fio. Não me interessa o porquê apenas se não têm condições para proporcionar um óptimo serviço na minha região não façam propaganda enganosa. Mais vale não chegarem a todas a zonas (como as zonas rurais), do que chegarem com um péssimo serviço.

Posto isto, como cliente insatisfeito que por acaso agora consegue ver a Sic Notícias mas ainda ontem não conseguia, só gostava de saber o que vão fazer perante esta reclamação.
Só vos peço para me deduzirem este transtorno na factura pois penso seriamente em cancelar os vossos serviços.


Pronto, ok, eu sei que se mudar para o MEO não será muito melhor. Talvez até seja pior e tenha de estar mais tempo a segurar o auscultador do telefone aquando do apoio técnico mas pelo menos uma cartazinha destas, totalmente sincera, não faz mal a ninguém, nem à gigante ZON.
Só que irrita-me esta falta de consideração que as grandes empresas de telecomunicações com práticas monopolistas, leia-se ZON,PT,VODAFONE, entre outras, têm pelos clientes.
Por hoje é tudo, amigos.

Monday, January 4, 2010

O que 2010 deve ter

Muitas doses de criatividade, amor próprio e verdadeiro, amizade, jornalismo e profissionalismo,casa própria, namorar, sessões de desporto, saúde de ferro, viagens e cultura. Livros, muitos livros lidos. Boas e novas malhas musicais - incluam-se concertos. Novas séries de TV, de rir, de chorar.
Um filme de Woody Allen, de Scorsese e outros clássicos. And last but not least, um upgrade às habilitações académicas dá sempre jeito.
Se alguém me está a ouvir que atenda aos meus pedidos. Vá lá.